quarta-feira, 11 de maio de 2011

Bispos defendem beatificação de Zilda Arns

Durante a 49a. Assembléia da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos de Brasil, ficou clara a postura dos bispos em favor da beatificação da Fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns. Segundo explicação dos bispos, reunidos em Aparecida, o processo só pode ser iniciado cinco anos depois da morte da pessoa de quem se pleiteia a beatificação e deve ser iniciado no local onde ela faleceu.
Entretanto, os bispos brasileiros vão solicitar da diocese de Porto Príncipe (no Haiti) que o processo seja aberto no Brasil. Veja, abaixo, notícias sobre o assunto:

Durante a coletiva desta terça-feira, 10,(maio 20111) os bispos se mostraram favoráveis à abertura do processo de beatificação da Zilda Arns, a fundadora da Pastoral da Criança. A médica morreu

durante o terremoto que atingiu o Haiti, em 2010, quando participava no país de um encontro com líderes religiosos para iniciar os trabalhos da pastoral entre as crianças haitianas.

“Depois de cinco anos*, eu serei um ardoroso defensor da causa de beatificação da Drª. Zilda Arns”, declarou o Bispo Emérito de Blumenau (SC), Dom Angélico Sândalo. O bispo denonimou a médica como um “trator de Deus” pela sua dedicação e doação pelo Evangelho.

O Cardeal Arcebispo de São Paulo (SP), Dom Odilo Pedro Scherer, ressaltou que ela morreu em missão de paz e explicou ainda que o processo é aberto na diocese onde a pessoa morreu, no caso Porto Príncipe. Contudo, evidentemente, que será solicitado ao bispo local que o processo tenha início no Brasil.

O Globo 16/01/2010

BRASÍLIA - Integrantes da cúpula da Igreja Católica no Brasil já cogitam dar início ao processo de canonização da coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns . Dirigentes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil consideram que a candidatura seria fortíssima. Como é preciso o mínimo de cinco anos para abertura de um processo de canonização, prelados brasileiros evitam falar no tema publicamente. Consideram que a candidatura será bem recebida, já que Zilda se enquadra no perfil de "uma santa moderna", como disse um bispo. A mobilização em torno de sua morte é vista como uma motivação para torná-la exemplo da fé católica no país, além de se enquadrar na política do Papa Bento XVI de fortalecer a ação missionária na América Latina.

Zilda é um exemplo para todos os católicos do Brasil e do mundo. Por isso, no tempo certo, será forte candidata num processo de beatificação - disse um bispo.

Um processo de canonização tem várias etapas. Na melhor das hipóteses, o de Zilda poderia durar duas décadas. Cinco anos após a morte, a arquidiocese de Curitiba deve enviar a documentação exigida e postular a causa no Vaticano. É possível tornar-se santo pela virtude ou pelo martírio. A interpretação na CNBB é que dona Zilda poderia ser enquadrada nos dois critérios, já que sua morte trágica teria características de martírio. Só depois, ela pode ganhar o título de venerável, considerada uma das fases mais difíceis do processo. A segunda etapa é da beatificação. Nesse caso, será preciso a comprovação de um milagre para que Zilda seja considerada uma beata pela Igreja Católica. A última etapa do processo é a canonização, com a comprovação de um segundo milagre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário